COB prepara-se para incluir os eSports nos Jogos Olímpicos de 2027
Com a crescente popularidade dos eSports, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) está intensificando seus investimentos na preparação para a estreia oficial desta modalidade nos Jogos Olímpicos de 2027. Este movimento marca uma fase de inovação no cenário esportivo nacional e internacional, reforçando a importância de entender e integrar esse setor em rápida expansão ao universo olímpico. Para compreender melhor o papel dos eSports nas Olimpíadas, vale consultar o Organização Olímpica Internacional (COI) – eSports e Olimpíadas.
Início dos estudos e prioridades estratégicas do COB
Desde o início do seu mandato atual, que recentemente completou 100 dias, o COB tem dado atenção especial à inclusão dos eSports em sua agenda. Segundo Matheus Figueiredo, gerente de Relações Institucionais do Comitê, a prioridade é compreender de forma aprofundada o ecossistema dos jogos eletrônicos, buscando desenvolver estratégias que promovam uma participação brasileira significativa nesta nova edição olímpica.
Para isso, o COB criou grupos de estudos que avaliam diversos aspectos relacionados ao tema, incluindo a escolha dos títulos que poderão fazer parte do programa olímpico. O foco é alinhar a participação nacional com as orientações do Comitê Olímpico Internacional (COI), que já delineou categorias de jogos que envolvem esportes físicos simulados, plataformas virtuais de esportes tradicionais e títulos que espelham os valores olímpicos. Mais notícias e atualizações sobre este setor podem ser acompanhadas no ESports News – Portal de Notícias sobre eSports e Competição Online. Além disso, a discussão sobre o crescimento dos eSports também evidencia a necessidade de manter uma regulamentação atualizada, especialmente no que diz respeito às apostas esportivas, que vêm crescendo no cenário digital. Para entender melhor esse movimento, confira a matéria sobre Apostas Esportivas: Divergências Acentuam Necessidade de Regulação e Proteção!.
Definições e parcerias globais
O COI tem contado com o suporte da eSports World Cup Foundation (EWCF), responsável pela organização de eventos internacionais de destaque, como a Copa do Mundo de eSports. A participação do Brasil nesta iniciativa será fundamental para reforçar o compromisso do país com a inovação esportiva e assegurar uma presença competitiva na modalidade.
Matheus Figueiredo reforça que o COB acompanha de perto as discussões do COI, buscando sempre se manter informado sobre as novidades e tendências na área, expondo o papel do comitê brasileiro como um ator ativo no movimento olímpico contemporâneo. Ele destaca ainda a necessidade de adaptação às mudanças globais e de promover uma gestão transparente, com o objetivo de posicionar o Brasil de forma estratégica neste cenário emergente.
Inspiração e papel das federações nacionais
O protagonismo do Brasil na inovação do setor também impulsiona federações esportivas tradicionais a se reinventarem. Como exemplo, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa já realiza o Campeonato Virtual Nacional, inspirada por experiências internacionais. Segundo Figueiredo, integrar esses ecossistemas de inovação é crucial para potencializar o desenvolvimento de atletas de alto rendimento em eSports.
De acordo com ele, a preparação de atletas profissionais de jogos eletrônicos exige uma abordagem multidisciplinar. Além do treinamento técnico, há necessidade de foco na saúde mental, condicionamento físico e nutrição, aspectos essenciais para alcançar o máximo desempenho. Assim, estabelecer uma infraestrutura de alta qualidade e informações precisas é fundamental para a formação de competidores de elite.
Posicionamento internacional do Brasil e perspectivas futuras
O Brasil tem buscado consolidar sua presença no cenário global de eSports. Figueiredo aponta que, para que o país se destaque na competição internacional, é preciso estabelecer estratégias claras e investir na formação de jogadores profissionais de primeira linha. Isso inclui criar um ambiente de diálogo entre diversos ecossistemas e estimular a troca de experiências, com vistas a impactar positivamente o movimento olímpico.
Eventos de eSports no Rio de Janeiro e impacto econômico
Na esfera local, a Prefeitura do Rio de Janeiro já consolidou um calendário de eventos de eSports até o ano de 2026. Entre eles, destaca-se o Mundial de Rainbow Six, realizado na Arena Carioca 1 em maio de 2025. Segundo Chandy Teixeira, responsável pelo setor na administração municipal, a cidade emerge como uma referência nessa área, principalmente devido à sua vocação turística e capacidade de atrair grandes eventos do setor.
Teixeira reforça que o Rio de Janeiro está em um processo de aprendizagem e adaptação às novas dinâmicas do cenário esportivo. A cidade pretende consolidar-se como um hub internacional de esportes eletrônicos e planeja ampliar suas ações continuamente, formando uma base sólida de torneios locais e nacionais que atendam às demandas dos jogadores e fãs de eSports.
Reconhecimento do potencial econômico e desafios atuais
Estimativas indicam que os eventos de eSports no Rio geram impacto econômico de aproximadamente US$ 7 milhões, considerando ações diretas e indiretas, como turismo, hotelaria e comércio local. O Mundial de Free Fire, por exemplo, elevou a ocupação hoteleira na Barra da Tijuca a 90%, demonstrando o poder de atração deste setor para a economia local.
No entanto, apesar dessas conquistas, há desafios a serem enfrentados. Teixeira destaca a urgência de o COI divulgar formalmente as modalidades de eSports que farão parte do programa olímpico de 2027. Ele comenta que a incerteza quanto às categorias impede um planejamento estratégico completo por parte dos países, incluindo o Brasil, que deseja competir de forma profissional e estruturada.
Perspectivas e responsabilidades futuras
O responsável pelo setor na cidade do Rio reforça que, apesar do entusiasmo, o avanço depende de ações coordenadas e rápidas por parte do COI. Já existem, na lista de títulos contemplados, jogos populares como Counter-Strike, League of Legends, Rainbow Six, Free Fire e Fifa. Estes representam uma fase inicial, mas há uma expectativa de que outros jogos e modalidades possam ser integrados futuramente.
Para o Brasil, a meta é não apenas participar, mas liderar este movimento, promovendo o crescimento de sua estrutura de atletas e equipes profissionais. Assim, o país pretende estabelecer uma base sólida de esportistas de elite, capazes de competir com atletas internacionais e contribuir para a consolidação do país como uma potência no cenário global dos eSports.
Conclusões
A preparação do COB para a entrada oficial dos eSports nos Jogos Olímpicos de 2027 demonstra uma visão de futuro alinhada às tendências globais de inovação esportiva. A implementação de ações estratégicas, alianças internacionais e o desenvolvimento de atletas de alto rendimento são passos essenciais nesta jornada. Embora haja ainda muitas incógnitas, especialmente em relação às modalidades que integrará o programa olímpico, o avanço é inevitável e representa uma oportunidade de crescimento e reconhecimento para o esporte brasileiro.
Para acompanhar mais novidades e tendências sobre o setor, não deixe de consultar fontes especializadas, como o ESports News – Portal de Notícias sobre eSports e Competição Online.
