Regulação

CPI das Bets: Delegado Revela Promessas Vazias de Influenciadores e Apostas Ilegais

Durante a CPI das Bets, o delegado Lucimério Barros Campos trouxe à tona questões alarmantes sobre a atuação de influenciadores digitais e casas de apostas ilegais. Ele destacou que esses grupos têm utilizado mentiras para enganar seguidores e obter lucros de forma indevida. Para mais informações sobre o assunto, você pode conferir a cobertura da G1.

Operação Game Over e suas Revelações

Lucimério, que é membro da Polícia Civil de Alagoas e liderou a operação Game Over, evidenciou os esquemas ilícitos que conectam influenciadores e casas de apostas não regulamentadas. O depoimento foi dado em uma sessão sob a presidência do senador Dr. Hiran (PP-RR), onde o delegado relatou que a operação teve origem em denúncias de estelionato, com vítimas enganadas por promessas fraudulentas.

Durante a investigação, ficou claro que essas casas de apostas usam intermediários de pagamento, que aceitam apostas de usuários através de plataformas como o Pix. Como esses serviços não são formalmente classificados como instituições financeiras, torna-se uma tarefa difícil bloquear possíveis transações financeiras.

Modus Operandi de Engano

Segundo Lucimério, o paradeiro do dinheiro sempre segue um caminho conhecido: do apostador, para a intermediadora e, finalmente, para a casa de apostas. Na operação Game Over, aproximadamente R$ 15 milhões foram rastreados em direção a plataformas de apostas ilegais.

O delegado esclareceu que as operadoras ilegais muitas vezes permitem que influenciadores criem perfis falsos nas plataformas e simulem lucros substanciais com apostas. “Os apostadores precisam baixar um aplicativo, onde influenciadores recebem uma conta demo para simular ganhos. Enquanto isso, outra conta real é utilizada para gerar links que atraem jogadores”, explicou. Essa estratégia tem o objetivo de iludir os seguidores, enganando-os com falsas promessas de lucro.

Propostas de Regulamentação e Punição

Lucimério sugeriu que as sanções deveriam ser aplicadas às pessoas jurídicas envolvidas, além dos indivíduos. Ele argumentou que essas práticas de marketing são enganosas e predatórias, levando os apostadores a perder dinheiro em troca de propostas que nunca se concretizam. “Essa situação resulta em uma fuga de capital que prejudica a economia local e transfere recursos para operações clandestinas”, afirmou.

Inicialmente, as investigações da polícia se concentraram no estelionato, mas, à medida que avançavam, revelaram que havia um indivíduo estrangeiro por trás da manipulação de um grupo de recrutadores no Brasil. Esses recrutadores, frequentemente através de plataformas de redes sociais, conectavam-se com influenciadores, criando uma complexa rede de organização criminosa responsável pela operação das apostas.

Problemas de Lavagem de Dinheiro

Por meio das investigações, o delegado conseguiu identificar indícios de lavagem de dinheiro, além de uma significativa renúncia fiscal e evasão de divisas. “É imperativo que nosso país regule essas atividades rapidamente para mitigar os riscos que elas representam para a saúde financeira da população”, finalizou.

Quer saber mais? leia mais aqui ou confira as notícias atualizadas no UOL.

Para uma análise mais aprofundada, você pode visitar o artigo sobre o depoimento de Gabriel Galípolo, Presidente do BC, que traz medidas de regulação e rastreamento, ou conferir a quebra de sigilo de 71 empresas de apostas em foco na CPI.

João das Bets

"Sou um escritor movido pela paixão por tecnologia, apostas e inteligência artificial. Adoro explorar e compartilhar conhecimentos, traduzindo ideias complexas em conteúdo acessível e inspirador. Sempre em busca de novas formas de conectar pessoas com inovação."

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