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Virginia Fonseca Depõe na CPI das Bets: Revelações Surpreendentes Sobre Apostas Online

Deposição de Virginia Fonseca na CPI das Apostas Online traz questionamentos e esclarecimentos

Na data de 13 de maio de 2025, a Comissão Parlamentar de Inquérito responsável por apurar as operações e regulação de casas de apostas online realizou mais uma sessão, marcada por depoimentos de figuras públicas que possuem forte influência nas redes sociais. Entre os convidados, destacou-se a presença da influenciadora digital Virginia Fonseca, que foi ouvida como testemunha com o objetivo de esclarecer sua atuação na divulgação de plataformas de apostas.

Contexto do depoimento de Virginia Fonseca

Virginia Fonseca, reconhecida por sua expressiva base de seguidores — superiores a 50 milhões —, compareceu ao plenário vestindo uma roupa de moletom com uma imagem de sua filha, demonstrando uma postura mais informal. Em suas declarações, a influencer foi questionada por senadores acerca de sua relação com o universo das apostas, especialmente sobre um vídeo antigo de 2022 em que ela promove uma casa de apostas online. A relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke, também direcionou perguntas específicas à influencer.

Principais pontos abordados durante o depoimento

  1. Questionamentos sobre divulgação e regulamentação

    Durante o interrogatório, Virginia foi instada a comentar sobre um vídeo de 2022, no qual promove uma plataforma de apostas. Ela respondeu de forma defensiva, alegando que, na época, as regulamentações do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) ainda não estavam em vigor, o que a teria autorizado a fazer certas divulgações sem restrições. Após determinação da CPI, ela reconheceu que seu tom de voz no momento tinha sido exaltado e apresentou um pedido de desculpas, admitindo que, atualmente, compreende melhor os limites e regras do setor. Para quem deseja entender melhor os fundamentos legais, vale conferir a regulamentação de apostas no Brasil e o aumento da fiscalização.

  2. Impasses relativos a valores e contratos

    Apesar de não ter divulgado detalhes específicos de seus contratos, Virginia afirmou que todos os ganhos obtidos com as ações promocionais foram devidamente reportados à Receita Federal. Ela também garantiu que fará a entrega de documentos relacionados às suas parcerias com as empresas Blaze e Esportes da Sorte, contudo, sob sigilo devido a cláusulas contratuais de confidencialidade.

  3. Negação de cláusulas controversas

    No que tange às cláusulas de seus contratos de publicidade, Virginia negou a existência de uma denominada “cláusula da desgraça alheia”, que estipulava comissão baseada nas perdas dos apostadores. Ela esclareceu que seu contrato previa apenas um bônus de desempenho, que consistia em um acréscimo de 30% caso ela conseguisse dobrar o lucro da plataforma, condição que nunca se concretizou. Assim, ela ressaltou que seus ganhos eram fixos e desvinculados do prejuízo dos usuários.

  4. Compromisso com transparência e responsabilidades

    De acordo com a influenciadora, ela sempre deixou explícito que apostas envolvem riscos, seguindo as recomendações do Conar. Entre os pontos destacados, ela afirmou que informa seus seguidores sobre a possibilidade de ganhar ou perder, além de alertar que menores de idade e indivíduos com vício em jogos devem evitar participar. Além disso, ela afirmou que suas atividades promocionais eram realizadas através de contas específicas fornecidas pelas plataformas, não usando suas redes pessoais para tais divulgações.

  5. Conhecimento do mercado de apostas

    Um tema bastante debatido na sessão foi o entendimento de Virginia acerca do funcionamento do setor de apostas. A influencer admitiu sob cautela que segue um roteiro preestabelecido para suas publicidades, geralmente consistindo em três stories — dos quais um demonstra a jogabilidade e os outros dois abordam a mensagem. Ao ser questionada se utilizava uma conta semelhante à de outros usuários, ela respondeu que não, alegando que as plataformas forneciam contas específicas para ações promocionais, embora não soubesse exatamente o que isso significava.

Reações e posicionamentos finais de Virginia Fonseca

Ao final do depoimento, Virginia afirmou que, se realmente houver prejuízos causados às pessoas por essas plataformas, seria recomendável que elas fossem proibidas de operar de forma não regulamentada. Mesmo assim, ela reforçou seu compromisso de não promover sites não autorizados, mesmo diante de diversas propostas de parceria que recebeu. A influencer também deixou claro que não acumulou fortunas com apostas, destacando que sua empresa, a Wepink, atingiu faturamento de aproximadamente R$ 750 milhões em 2024, e manifestou a intenção de refletir sobre possíveis futuras ações relacionadas à publicidade de jogos de azar.

Para entender melhor as regulamentações e as legislações em vigor, acesse o Banco de Dados de Regulamentação de Jogos e Apostas Online – Ministério da Fazenda e fique por dentro do panorama atual da regulamentação de apostas no Brasil.

Considerações finais

O depoimento de Virginia Fonseca na CPI das Bets elevou o nível do debate público sobre a influência de redes sociais na promoção de apostas online, suas regulamentações, responsabilidades e o impacto social dessa prática. As respostas e posicionamentos apresentados durante a sessão continuam a gerar discussões e análises sobre o papel de influenciadores digitais na disseminação de conteúdo relacionado a jogos de azar, além de reforçar a importância de legislações mais claras e efetivas na proteção do consumidor.

João das Bets

"Sou um escritor movido pela paixão por tecnologia, apostas e inteligência artificial. Adoro explorar e compartilhar conhecimentos, traduzindo ideias complexas em conteúdo acessível e inspirador. Sempre em busca de novas formas de conectar pessoas com inovação."

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